O líder do Udar
(Murro) pede a união das forças democráticas nas presidenciais de Maio
PUBLICO 29/03/2014 - 14:24
Vitali Klitschko,
antigo campeão mundial de pugilismo e um dos líderes da oposição durante os
protestos populares em Kiev, retirou a sua candidatura às eleições
presidenciais ucranianas e anunciou o seu apoio a Petro Portoshenko, um dos
homens mais ricos do país.
“As forças
democráticas devem apresentar um candidato único. Esse candidato deve ser quem
tem
mais apoio. Hoje, a meu ver, ele é Petro Porochenko”, disse Klitschko, que depois de pendurar as luvas formou o Udar (Murro), um partido populista pró-europeu, que fez da denúncia da corrupção a sua bandeira.
mais apoio. Hoje, a meu ver, ele é Petro Porochenko”, disse Klitschko, que depois de pendurar as luvas formou o Udar (Murro), um partido populista pró-europeu, que fez da denúncia da corrupção a sua bandeira.
Os protestos contra a
recusa do ex-Presidente Viktor
Ianukovich em assinar um acordo
de associação com a União Europeia deram-lhe protagonismo, mas não o
suficiente para aparecer como o mais bem colocado nas
sondagens para vencer as eleições de 25 de Maio. Um estudo do Instituto de
Sociologia de Kiev, divulgado quarta-feira, atribuía ao antigo pugilista 9% das intenções de
voto, bem atrás dos 25% conseguidos por Poroshenko.
Figura de consenso
(foi ministro dos Negócios Estrangeiros do Presidente pró-europeu Viktor Iushenko, entre 2009 e 2010, e ministro da Economia de Ianukovich, em 2012), Poroshenko esteve desde o início ao lado dos
manifestantes da Maidan. É também o sexto homem mais rico da Ucrânia, com uma
fortuna avaliada em 1100 milhões de dólares, resultado de negócios nos media
e no fabrico de chocolate - actividade que lhe vale na Ucrânia o cognome do
“rei do chocolate”.
A saída de cena de
Klitschko, que anunciou em alternativa a intenção de se candidatar à câmara de Kiev, coloca sob pressão a ex-primeira-ministra Iulia Timochenko, que confirmou quinta-feira a intenção de candidatar-se à presidência. Apesar
de ser a dirigente mais
conhecida, dentro e fora do país, e do tempo que passou na prisão, as sondagens
atribuem-lhe menos de 10% das intenções de voto, ainda assim o suficiente para
forçar Poroshenko a uma segunda volta, numa votação em que se espera a
fragmentação dos votos entre quase uma dezena de candidatos.
“A situação pede uma
consolidação e uma união de esforços”, afirmou Klitschko num discurso aos
militantes do seu partido, sublinhando que “isto só pode ser conseguido se não
dividirmos os votos entre os candidatos
democráticos”.
Sem comentários:
Enviar um comentário