As sanções incluem o congelamento
de vistos CHIPSOMODB/ILLA/AFP
PÚBLICO 06/03/2014 -
14:24
Casa Branca anuncia congelamento de vistos a
"responsáveis ou cúmplices de ameaças contra a soberania e a integridade
territorial da Ucrânia".
Sem esperar pelos
resultados da cimeira extraordinária da União Europeia sobre a situação na
Crimeia, os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira um
conjunto de sanções a aplicar aos "indivíduos e autoridades que puseram em
causa a integridade territorial da Ucrânia”.
As medidas, aprovadas
através de uma ordem executiva do Presidente dos EUA, Barack Obama, incluem o congelamento de vistos a russos e
ucranianos que sejam "responsáveis ou cúmplices de ameaças contra a
soberania e a integridade territorial da Ucrânia", avança a Casa Branca.
Para além do congelamento de vistos, Barack
Obama assinou uma outra ordem executiva, que abre caminho à imposição de
sanções adicionais, que poderão incluir o congelamento
de contas nos Estados
Unidos e a proibição da realização de negócios entre norte-americanos
e russos e ucranianos
que os EUA considerem ser responsáveis por violar a soberania da Ucrânia.
"A ordem
executiva [do Presidente Barack Obama] é uma ferramenta flexível que nos
permitirá aplicar sanções aos que estão mais directamente envolvidos na
destabilização da Ucrânia, incluindo a intervenção
militar na Crimeia, e não
exclui a tomada de outras decisões, se a situação se deteriorar", disse o
porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
O secretário de
Estado norte-americano, John Kerry, está
nesta quinta-feira em Roma, onde se encontrou pela segunda vez com o ministro
dos Negócios Estrangeiros. No final do breve encontro,
Serguei Lavrov disse que não há ainda um acordo entre os dois países sobre a
crise na Ucrânia.
Ao mesmo tempo que
a Casa Branca anunciava a
aplicação de sanções, seis caças F-15 norte-americanos partiam do Reino Unido em
direcção à base da NATO em Siauliai, na Lituânia, para reforçarem as forças da
aliança na região. Em declarações à agência AFP, o ministro da Defesa da
Lituânia, Juozas Olekas, disse que o envio destes caças pelos Estados Unidos é
uma resposta à "agressão da Rússia na Ucrânia e à intensificação da actividade
militar russa na região de Kalinigrado”, um enclave russo situado entre a
Lituânia e a Polónia.
A Marinha norte-americana anunciou entretanto a
partida do contratorpedeiro USS Truxtun para o mar Negro, numa missão que descreveu como sendo "de
rotina". Equipado com mísseis teleguiados e com uma tripulação de 300
efectivos, o navio vai efectuar "exercícios previamente planeados"
com as forças navais da Roménia e Bulgária.
Sem comentários:
Enviar um comentário