A polícia não foi eficaz a separar os manifestantes Reuters
PÚBLICO 13/03/2014 -
23:13
Cidade no Leste do país com maioria russófona viveu episódio
mais violento desde os últimos dias do regime de Ianukovich.
Pelo menos uma pessoa
morreu e mais de uma dezena ficaram feridas em confrontos entre uma
manifestações pró-russa e outra pró-ucraniana em Donetsk, uma cidade onde no
Leste da Ucrânia onde a maioria da população é russófona.
É o pior episódio de
violência desde os últimos dias do Presidente Viktor Ianukovich no poder em Kiev, quando uma centena de pessoas
morreram, a maioria delas vítimas de atiradores furtivos da polícia.
Os organizadores da
manifestação pró-novo poder em Kiev dizem que a vítima mortal – que foi esfaqueada
- era um jovem de 22 anos, do seu campo, que estava a protestar contra a
invasão e tomada do poder na Crimeia pela Rússia. Outras 15 pessoas estão em
tratamento no hospital, adianta a Reuters.
Activistas contra a
invasão da Crimeia dizem que dois outros manifestantes morreram - uma
informação que corria nas redes sociais -, mas não havia nenhuma informação oficial que o
corroborasse.
A agência noticiosa
diz que os jornalistas viram a polícia falhar repetidamente nas tentativas de
manter as duas manifestações separadas. Os participantes nos protestos atiraram
bombas de fumo e outros projécteis uns aos outros e havia brigas espalhadas por
todo o lado. Os manifestantes pró-Rússia queimavam bandeiras e até cachecóis
do clube de futebol local, o Shakhtar Donetksk - como dizia uma
jornalista ucraniana no Twitter, Kateryna Kruk, “é a melhor prova de que isto é
uma invasão de vândalos russos”.
Donetsk, a cidade que
era o centro do poder de Ianukovich, tem vivido uma grande agitação, também com
reivindicações separatistas, como acontece na Ucrânia, e não é a primeira vez
que surgem acusações de que as manifestações pró-russa são alimentadas com
excursões de manifestantes russos, vindos do outro lado da fronteira.
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