O
primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni latseniuk,
disse que o aumento rondaria os 80%
PÚBLICO 01/04/2014 - 09:47
Gazprom põe fim à
redução acordada em Dezembro com o Presidente Viktor Ianukovich. Acordo estava
sujeito a um a revisão trimestral e reflecte, também, a dívida acumulada de
Kiev a Moscovo.
A empresa russa Gazprom aumentou em mais de 40% o preço
do gás vendido à Ucrânia, pondo fim a uma redução que aplicou em Dezembro,
antes da saída do Presidente Viktor Ianukovich, do poder em Kiev.
“O desconto de Dezembro já não
pode ser aplicado”, disse o presidente executivo da empresa, Alexei Miller,
citado pela agência Reuters.
A Ucrânia vai agora pagar 385,5
dólares (280 euros) por mil metros cúbicos de gás, contra os 268,5 dólares (195
euros) acordados em Dezembro.
Segundo a empresa, este novo
preço reflecte a dívida acumulada por Kiev, que chega aos 1,7 mil milhões de
dólares (1,2 mil milhões de euros). A Gazprom anunciou ainda que a tarifa do
transporte de gás para a Europa através da Ucrânia vai aumentar em 10%, no
seguimento dos acordos que já estavam estabelecidos.
Em Dezembro, a Ucrânia beneficiou
de um desconto no gás da Gazprom depois de ter rejeitado assinar um acordo com
a União Europeia e de se ter associado à união aduaneira planeada pela Rússia.
Esse desconto estava sujeito a
uma revisão trimestral, o que ocorreu agora.
O novo preço, de 385,5 dólares, é
superior à média cobrada pela Gazprom aos países da União Europeia, que é de
370 dólares (269 euros). Ainda assim, fica muito abaixo do que o esperado pelo
primeiro-ministro interino ucraniano, Arseni Iatseniuk - na semana passada,
perante o Parlamento, o chefe do Governo disse que a Ucrânia estava a preparar-se para um aumento de
79%, para 480 dólares (349 euros).
Nesta terça-feira, os ministros
dos Negócios Estrangeiros dos 28 membros da NATO reúnem-se
em Bruxelas pela
primeira vez depois da anexação da Crimeia pela Rússia, para discutirem vários
temas, entre os quais as suspeitas de que Moscovo enviou dezenas de milhares de
tropas para a fronteira com a Ucrânia. A NATO e os Estados Unidos dizem que a
Rússia tem na região uma força preparada para invadir território ucraniano, se
for essa a intenção do Presidente Vladimir Putin, mas as autoridades de Moscovo
dizem que não têm quaisquer intenções de o fazer.
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