EDITORIAL
DIRECÇÃO EDITORIAL (http://www.publico.pt/autor/direcçao-editorial) 09/04/2014
- 01:26
Os cenários para a Ucrânia não mudaram.
O que mudou foi a transformação, agora real, desses cenários em realidade.
Onde havia a promessa de “libertar” outras zonas do país à semelhança do
que aconteceu na Crimeia (que já é factualmente russa), há agora actos de invasão
que pretendem concretizá-la;
onde havia a “certeza” de dominar os avanços dos rebeldes pró-russos, há
agora uma visível frustraçao por tal plano ter
falhado;
e onde se quis apelar a coesão surge, com cada vez maior nitidez, o
fantasma da desintegração.
Face a tudo isto, brandindo os mesmos argumentos de antes, Rússia e Estados
Unidos voltam a falar em negociações multilaterais sem que se saiba bem o que é já negociável.
Isto porque a insegurança, no terreno, é cada vez maior e não se vislumbra
como unir um país com focos crescentes de
secessão.
Bem perto, a Rússia exulta.
Uma Ucrânia fraca é uma presa fácil.
Não para invadir, mas para subjugar.
A começar pela economia.
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