PUBLICO 23/04/2014
- 18:11
Governo de Kiev invocou a morte de Volodim ir Rihak para anunciar reinicio de operação
"antiterrorista"no Leste. Separatistas atribuem acção a extremistas ucranianos que acusam de os quererem desacreditar.
0 político local ucraniano cuja morte - bem como a de uma segunda
pessoa - levou o governo
interino de Kiev a anunciar, na terça-feira, o
recomeço da operação militar para desalojar separatistas do Leste
da Ucrânia, enfrentou pró-russos antes de desaparecer e ser encontrado morto.
Num vídeo de
quinta-feira passada, 17 de Abril, agora divulgado, vê-se
Volodimir Ribak a ser
afastado por vários homens, um deles mascarado e camuflado, no
exterior do edifício do
município de Horlivka, depois de - segundo o site gorlova.ua, que divulgou as imagens - ter
tentado retirar a bandeira da auto-proclamada República de Donetsk. “Só por cima do meu cadáver vais
tirar essa bandeira”, gritou um homem para o político local quando este
pretendia entrar no edifício.
Nas imagens aparecem
dois polícias, embora só um deles faça tenção de intervir, ainda que sem
eficácia. Alguns minutos depois, Ribak, que pertence ao partido Pátria, do
Presidente interino, Oleksander Turchinov, e da antiga primeira-ministra Iulia Timochenko, afasta-se, aparentemente sem
problemas.
O ministério do
Interior do governo de Kiev disse que mais tarde, no mesmo dia, o eleito
local foi visto a ser levado para um carro, por homens mascarados e camuflados.
O corpo foi encontrado no sábado, dia 19, perto de Slaviansk.
A polícia informou
ter encontrado sinais de que Ribak e outro homem, não identificado, teriam sido
torturados e atirados vivos para um rio, para se afogarem.
O auto-proclamado
presidente da câmara da cidade, Viatcheslav Ponomarev, acusou já esta
quarta-feira o grupo extremista ucraniano Sector Direito da morte de Ribak.
“Estão constantemente a tentar desacreditar-nos”, disse, citado pela Reuters.
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