Missão da OSCE: sequestro de observadores é
mais um dado da crise ucraniana
PÚBLICO 26/04/2014 - 11:28
Pró-russos
que sequestraram observadores
da OSCE em Slaviansk
dizem que só os deixam
partir quando forem libertados militantes seus detidos.
O
Departamento de Defesa dos EUA
acusou a aviação russa de ter repetidamente violado o espaço aéreo da Ucrânia.
É mais um passo da escalada bélica que o governo de Kiev considera poder levar
à III Guerra Mundial.
“Posso confirmar que em várias ocasiões das últimas 24
horas, aviões russos entraram no espaco aéreo ucraniano”, disse, na noite de sexta-feira, o coronel Steve Warren, porta-voz do Pentágono. Não foram
adiantados dados concretos sobre a alegação.
A acusação acentua o clima de tensão no Leste da Ucrânia,
onde um grupo de observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação Na
Europa) está desde sexta-feira sequestrado por separatistas pró-russos, que os
acusam de serem “espiões da NATO”.
O representante da Rússia na OSCE disse que o seu governo
fará os possíveis para que os observadores sejam libertados. O ministro alemão
dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, intercedeu junto do seu homólogo
russo, Serguei Lavrov, para obter a libertação dos observadores detidos em Slaviansk - quatro são alemães.
O grupo é composto por 13 pessoas. Inicialmente foi
anunciado que os observadores são sete, acompanhados de cinco militares
ucranianos e do condutor do autocarro em que seguiam. Os pró-russos que os
sequestraram informaram que só os deixarão partir a troco da libertação de
militantes seus detidos pelas forças ucranianas.
Os líderes do G7 - grupo que reúne EUA, Reino
Unido. Alemanha, Japão, França, Canadá e Itália -
decidiram entretanto aprovar sanções contra Moscovo, mas não foram adiantadas a
natureza dessas medidas, que só deverão ser anunciadas na segunda-feira. Também
os EUA, unilateralmente, e a União Europeia estão a ponderar a aplicação de
sanções à Rússia - à qual responsabilizam pela tensão no Leste da Ucrânia.
O dossier
sanções foi “evocada” numa conferência telefónica realizada na sexta-feira
entre presidentes e chefes do governo de EUA, França, Alemanha, Reino Unido e
Itália. No mesmo dia, o chefe interino do
governo de Kiev, Arseni Iatseniouk, acusou a Rússia
de “quer lançar” uma terceira guerra mundial.
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