Uma estátua de Lenine
frente ao parlamento de Tiraspol, a principal cidade da Transnístria
PÚBLICO 17/04/2014- 19:31
Delegação de
deputados da Transnístria esperada esta quinta-feira em Moscovo.
O Presidente russo, Vladimir
Putin, disse esta quinta-feira
que a Transnístria deve poder “decidir o seu próprio destino”. A declaração foi
feita um dia depois de o parlamento daquela pequena república separatista
pró-russa da Moldova, que faz fronteira com a Ucrânia, ter apelado ao
reconhecimento da sua dependência pelo governo de Moscovo e pelas Nações
Unidas.
"Deve ser
permitido às pessoas decidirem sobre o seu próprio destino”, disse Putin,
acrescentando que o assunto deve ser assunto para um “diálogo com a Moldova e a Ucrânia”. Uma delegação de
deputados da Transnistria era esperada esta quinta-feira em Moscovo, noticiou a
AFP.
O apelo do parlamento
da Transnístria, que fez referendos sobre o seu destino em 1991,1995 e 2006, é
um desafio à integridade territorial da Moldova, que está prestes a assinar um
acordo de associação com a União Europeia.
A pequena república,
de cerca de meio milhão de habitantes, em grande parte russófonos e ucranianos, declarou a independência da
Moldova em 1990. Uma curta guerra fez cerca de 800 mortos, em 1992. A
Transnístria vive, desde essa altura, uma independência de facto, ainda que não
reconhecida por qualquer Estado.
Considerada
internacionalmente território moldovo, é para as autoridades do país em que
está integrada um território autónomo com estatuto especial, ainda que sob a influência da Rússia, que ali tem um contingente de
cerca de 1500 soldados, desde a guerra em que Moscovo apoiou os separatistas.
No último referendo,
em 2006, em que as autoridades
locais perguntaram aos
habitantes se queriam renunciar à declaração de independência e integrar ou a Moldova ou a
Rússia, mais de 98% dos eleitores votaram pela integração na Rússia. Mas a
Moldova e a União Europeia, bem como a Organização para a Segurança e
Cooperação na Europa, não reconheceram os resultados da consulta.
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