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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Putin estimula separação de república separatista da Moldava

Uma estátua de Lenine frente ao parlamento de Tiraspol, a principal cidade da Transnístria
PÚBLICO 17/04/2014- 19:31
Delegação de deputados da Transnístria esperada esta quinta-feira em Moscovo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta quinta-feira que a Transnístria deve poder “decidir o seu próprio destino”. A declaração foi feita um dia depois de o parlamento daquela pequena república separatista pró-russa da Moldova, que faz fronteira com a Ucrânia, ter apelado ao reconhecimento da sua dependência pelo governo de Moscovo e pelas Nações Unidas.

"Deve ser permitido às pessoas decidirem sobre o seu próprio destino”, disse Putin, acrescentando que o assunto deve ser assunto para um “diálogo com a Moldova e a Ucrânia”. Uma delegação de deputados da Transnistria era esperada esta quinta-feira em Moscovo, noticiou a AFP.

O apelo do parlamento da Transnístria, que fez referendos sobre o seu destino em 1991,1995 e 2006, é um desafio à integridade territorial da Moldova, que está prestes a assinar um acordo de associação com a União Europeia.

A pequena república, de cerca de meio milhão de habitantes, em grande parte russófonos e ucranianos, declarou a independência da Moldova em 1990. Uma curta guerra fez cerca de 800 mortos, em 1992. A Transnístria vive, desde essa altura, uma independência de facto, ainda que não reconhecida por qualquer Estado.

Considerada internacionalmente território moldovo, é para as autoridades do país em que está integrada um território autónomo com estatuto especial, ainda que sob a influência da Rússia, que ali tem um contingente de cerca de 1500 soldados, desde a guerra em que Moscovo apoiou os separatistas.


No último referendo, em 2006, em que as autoridades locais perguntaram aos habitantes se queriam renunciar à declaração de independência e integrar ou a Moldova ou a Rússia, mais de 98% dos eleitores votaram pela integração na Rússia. Mas a Moldova e a União Europeia, bem como a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, não reconheceram os resultados da consulta.

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