Biden num encontro com o primeiro-ministro ucraniano Arseni
Iatseniuk
PÚBLICO 22/04/2014 - 11:30
Visita do vice-Presidente
americano a Kiev pretende mostrar que autoridades ucranianas não
estão sozinhas.
Em Kiev para mostrar que as novas autoridades não estão
sozinhas, o vice-Presidente norte-americano, Joe
Biden, garantiu que
Washington apoiará a Ucrânia a enfrentar as “ameaças humilhantes” com que se
confronta e a garantir a sua integridade territorial.
Biden chegou à Ucrânia dois dias depois de um tiroteio em
Slaviansk, cidade no Leste da Ucrânia controlada por milícias pró-russas, ter
provocado dois mortos e mostrado a fragilidade do acordo assinado na semana
passada em Genebra com vista ao desanuviamento da situação.
Ecoando as denúncias dos milicianos, o ministro dos Negócios
Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, acusou
segunda-feira
“extremistas ucranianos” de estarem por trás do ataque, provando que o governo
interino ucraniano não está a respeitar o compromisso de desarmar as milícias.
Biden respondeu nesta terça-feira, dando a entender que
os Estados Unidos não assistirão impávidos ao que
consideram ser as ingerências de Moscovo sobre o país vizinho. “Vocês estão
confrontados com problemas muito difíceis em podemos mesmo dizê-lo, ameaças humilhantes
[...] Quero que fique claro que não temos todas as respostas, mas
que queremos estar ao vosso lado”,
afirmou, num encontro com deputados e candidatos às presidenciais, previstas
para 25 de Maio.
Para o vice-Presidente norte-americano,
estas “poderão ser as
eleições mais importantes da História da Ucrânia”. “Vocês têm aqui uma ocasião
para criar uma Ucrânia unida, fazer o que está certo. E nós queremos ser vossos
parceiros e amigos”, afirmou.
As presidenciais serão a primeira votação depois dos
meses de protestos que levaram à fuga do Presidente Viktor Ianukovich e tomada
de poder
pela oposição
pró-europeia. O magnata Petro Poroshenko, dado como favorito pelas sondagens,
enfrentará entre outros a antiga primeira-ministra Iulia Timochenko, libertada da prisão após a revolta popular.
No encontro, Biden disse ainda que, além do apoio político, Washington está
disponível para ajudar a economia, ameaçada de bancarrota, mas afirmou que classe
política ucraniana tem de se empenhar no combate “ao cancro da corrupção”.
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