o reforço deverá ser feito no âmbito das missões rotativas
PUBLICO
06/04/2014- 13:39
O reforço da NATO nos países da Europa de Leste será visível
já nas próximas semanas, anunciou o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk. No
final de uma reunião informal dos ministros dos Negócios
Estrangeiros da União Europeia, o governante disse que
"a questão já não é sobre ’se’, mas sobre a escala, o ritmo e alguns
aspectos técnicos do reforço da segurança
da Polónia".
As declarações de Donald Tusk surgem poucos dias depois
de os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO terem mandatado os seus líderes
militares para planearem o reforço das defesas da aliança nos países da Europa
de Leste, incluindo a Polónia, que
partilha fronteira com a Ucrânia.
A
medida surge na sequência dos receios manifestados
por países como a Polónia, a Eslovénia, a Letónia e a Lituânia sobre uma
possível intervenção russa nos seus territórios, depois da anexação da Crimeia.
Moscovo já disse que não tem qualquer intenção de realizar acções militares em
território ucraniano e noutros países da região, mas a União Europeia e os
Estados Unidos receiam que a disposição de tropas russas ao longo da fronteira
possa indicar o contrário.
Para minimizar os riscos de um conflito com a Rússia, o
reforço da NATO deverá ser feito através do aumento do número de aviões e
navios inseridos nas missões rotativas, e não através do envio de equipamento militar permanente.
A Polónia é um dos países mais ansiosos por ver reforçada
a presença militar da NATO, mas o seu pedido para o envio de duas brigadas,
que ficariam no país de formam permanente, não deverá ser bem acolhido no seio
da organização.
Os pormenores deste reforço da NATO deverão ser
conhecidos no dia 15 de Abril - o prazo limite avançado pelos ministros dos
Negócios Estrangeiros da aliança atlântica.
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