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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Combates entre tropas ucranianas e separatistas fzem cinco mortos em Slaviansk

Tropas ucranianas avançam em Slaviansk
PÚBLICO 24/04/2014 - 10:33 (actualizado às 11:41)
 Vladimir Putin acusa Governo de Kiev de estar a cometer "um crime" contra o povo" que terá "consequências".

As forças ucranianas avançaram esta quinta-feira sobre as posições ocupadas pelos grupos separatistas no Leste do país. Em Slaviansk, a cidade que é o bastião do movimento pró-Rússia, travam-se combates e já morreram cinco pessoas, anunciou o Ministério do Interior.

"Cinco rebeldes pró-Rússia foram mortos e um soldado ucraniano ficou ferido na operação para retomar o controle the Slaviansk, no Leste, controlada pelos separatistas ", anunciou o Ministério em comunicado em que dá conta da "destruição" de três barricadas nas zonas de entrada na cidade.

Horas antes, os soldados apoiados por tanques tinham começado a chegar a Slaviank e adivinhava-se o confronto. “Os homems armados que asseguram a defesa da câmara municipal vão manter-se nos seus postos”, disse Stella Khorocheva, porta-voz dos separatistas.

Em Kiev, o Governo ucraniano anunciou ter também desocupado o edifício da câmara municipal da cidade portuária de Mariupol. Aqui, e de acordo com a BBC, a operação militar para retirar os separatistas do edifício fez três feridos.

Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse que a Rússia pode realizar uma intervenção militar na Ucrânia se entender que os seus interesses estão a ser atacados. “Se os nossos interesses, os nossos interesses legítimos, os interesses dos russos forem directamente atacados, como foram por exemplo na Ossétia do Sul [território separatista da Geórgia], não vejo outra maneira que não seja responder, no respeito pelo direito internacional”, disse Lavrov, numa entrevista à estacão de televisão Russia Today. “Um ataque contra os cidadãos russos é um ataque contra a Rússia”, acrescentou.

Já esta quinta-feira, o Presidente russo Vladimir Putin disse que, ao recorrer ao exército, o Governo interino de Kiev está a "cometer um grave crime contra o seu próprio povo" e que a decisão "terá consequências".

As movimentações militares no terreno apanharam o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no Japão e foi em Tóquio que acusou a Rússia de ter quebrado o acordo sobre a Ucrânia alcançado em Genebra na semana passada, segundo o qual os grupos armados ilegais, incluindo os que ocuparam edifícios, deveriam retirar das suas posições. Obama disse que a Rússia não controla os seus militantes na região e voltou a advertir que aquele país poderá ser alvo de sanções se não recuar nas suas posições.


Entretanto, um contingente de tropas americanas chegou à Polónia, no âmbito das decisões tomadas na NATO de reforço da segurança no seu território devido à crise na Ucrânia e à presença de tropas russas junto à fronteira deste país.

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