A ministra da Justiça suíça informou o Governo croata da decisão thomas hodel/reut ers
PÚBLICO 16/02/2014 -
20:51
Esta é a primeira consequência
concreta do referendo da semana passada que, na prática, põe causa a livre
circulação.
A Suíça, que há uma semana
aprovou em referendo a reintrodução de limites à imigração, anunciou este fim-de-semana que não vai assinar
na sua forma actual um acordo que abre o acesso ao seu mercado de trabalho aos
croatas.
A ministra dos Negócios Estrangeiros
da confederação, Simonneta Sommaruga, telefonou à ministra croata dos
Negócios Estrangeiros, Vesna Pusicm, para lhe dizer que Berna não pode assinar
“na forma actual” um acordo bilateral que alarga o livre acesso ao mercado de
trabalho, de que já beneficiam os cidadãos da União Europeia, à população do
novo Estado-membro.
Sommaruga já tinha avisado
Bruxelas da necessidade de rever o acordo e diz que o Governo suíço está à
procura de uma solução para evitar que os croatas. Sejam discriminados.
Esta é
a primeira
consequência concreta do referendo da
semana passada que, na prática, põe
em causa a livre circulação — o acesso dos cidadãos da União ao mercado de
trabalho suíço e, diz Bruxelas, o acesso dos suíços aos mercados dos outros
países.
O embaixador da UE na Suíça, Richard Jones, ameaçou que os
acordos entre Bruxelas e a Suíça sobre formação e investigação seriam
congelados de imediato se os suíços pusessem em causa o acordo com a Croácia.
“A livre circulação de cidadãos é
parte integrante" dos acordos entre a UE e a Suíça, por isso "não
podemos aceitar restrições como aquela que foi votada no domingo sem que isso
tenha uma implicação sobre os acordos que temos com a Suíça”, disse logo a
seguir à votação a porta-voz da
Comissão Europeia. Pia Ahrenkilde-Hansen.
O referendo de 9 de Fevereiro
cria uma “nova disposição constitucional”, explicou o porta-voz do Ministério
da Justiça. A proposta de um partido da direita nacionalista, aprovada por
50,3% dos eleitores, dá ao Governo três
anos para renegociar a livre circulação e todos os acordos que entrem em contradição com a nova
lei.
Sem comentários:
Enviar um comentário