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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Reserva Federal dos EUA: efeitos do plano de estímulos já estavam a diminuir


Ben Bemanke deixa a liderança da Fed no final de Janeiro e
é substituído por Janet Yellen kevin la MARQUE/REUTERS
PEDRO CRISÓSTOMO 08/01/2014 - 21:42

Autoridade monetária melhoria das perspectivas económicas e das condições do mercado trabalho.



Se a aplicação de estímulos económicos nos EUA se mantivesse ao ritmo de 85 mil milhões de dólares (62,5 mil milhões de euros) por mês em compra de activos, a estabilidade financeira poderia enfrentar riscos, acreditam os alguns responsáveis de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).

Para a maioria dos membros do comité liderado por Ben Bernanke, o efeito do programa de apoio à economia já estava a diminuir, segundo as minutas das reuniões de política monetária de 17 e 18 de Dezembro, publicadas nesta quarta-feira.

Confrontados com uma melhoria dos indicadores de actividade económica e do mercado do trabalho nos EUA, os membros presentes nos dois dias de reunião decidiram, por unanimidade, reduzir a aplicação mensal de estímulos para 75 mil milhões de dólares.
Já este mês, a Reserva passa a comprar 35 mil milhões de dólares em títulos hipotecários (menos cinco mil milhões do que até aqui) e 40 mil milhões em Obrigações do Tesouro (em vez 45 mil milhões).

Segundo a análise de conjuntura na qual o comité se baseou para se decidir por unanimidade por uma retirada progressiva dos estímulos à economia, a actividade económica tem crescido “a um ritmo moderado”.

As perspectivas para a economia e o mercado de trabalho estão mais equilibradas, reforçam, na certeza de que a Fed vai manter-se atenta à evolução destes indicadores. A redução dos estímulos será gradual e ponderada a cada uma das oito reuniões da Fed, que passa em Fevereiro a ser liderada por Janet Yellen, actual vice-presidente e que tem estado ao lado de Bernanke na tomada de decisões sobre o programa de estímulos.

As taxas de juro de referência, que se mantêm próximas de zero, vão continuar baixas, pelo menos, enquanto o desemprego se mantiver acima de 6,5%. No seu duplo mantado de controlar os preços e manter o desemprego baixo, a Fed admite mantê-las num nível baixo durante mais tempo, mesmo se a percentagem da população desempregada ficar abaixo desse patamar já este ano.


O desemprego tem vindo a descer, mas ainda se situava nos 7% em Novembro, um nível que a Fed considera elevado. O acompanhamento do mercado de trabalho estará no centro das atenções da Reserva nos próximos tempos e, para avaliar uma subida das taxas de juro, a autoridade monetária poderá não olhar apenas para este indicador.

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