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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Janet Yellen diz que a recuperação do mercado de trabalho nos EUA “não está completa”

Janet Yellen depõe esta terça-feira no Senado
JOSÉ MANUBL ROCHA 11/02/2014 - 14:04
A nova presidente da Reserva Federal diz que vai manter cortes no programa de estímulos à economia

A recuperação do mercado de trabalho nos Estados Unidos continua "longe de estar completa", considera a nova presidente da Reserva Federal (Fed), Janet Yellen, que ontem foi, pela primeira vez, ouvida num comité do Senado norte-americano.

No depoimento feito antes de responder a perguntas dos congressistas, Yellen garantiu que irá manter a política de retirada gradual de estímulos à economia,  embora garantindo que não existe um calendário pré-fixado para cortar na dimensão das compras de títulos  de dívida no mercado.

A nova líder da Fed, que tomou posse há pouco mais de uma semana, adiantou que os cortes no chamado programa de quantitative easing serão decididos apenas e quando o comité de política monetária da Reserva Federal considerar que o enquadramento económico o permite. E isso irá depender da evolução do mercado de trabalho e da inflação.

Mais do que olhar para os números da taxa de desemprego, que caiu para 6,5%, Yellen concentra atenções "na enorme fracção" de norte-americanos que estão no desemprego há mais de seis meses e no crescente número de trabalhadores a tempo parcial que gostariam de passar a ter uma ocupação permamente.

Os analistas têm referido com alguma insistência que o recuo da taxa de desemprego, superior a um ponto percentual no último ano, tem mais a ver com o número de pessoas de deixou de procurar trabalho do que, propriamente, com a criação líquida de empregos, o que leva a Fed a manter o programa de estímulos que, no entanto, foi reduzido em Dezembro para 75 mil milhões de dólares e no mês passado para 65 mil milhões. O quantitative easing começara em 2012, com uma dotação inicial de 85 mil milhões de dólares em compra de títulos de dívida.

Antes do depoimento, Yellen foi confrontada com as críticas do presidente do comité, Jeb Hensarling, que considera que o programa de estímulos contribui para aumentar ainda mais a dívida pública. O representante do Texas questionou a responsável da Fed sobre se o quantitative easing não ameaça transformar-se no “QE infinity”.


Actualizada às 17h50

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