Lusa
15:00 Sexta feira, 23 de janeiro de 2015
Passos Coelho aplaudiu a decisão de Draghi ("é bem-vinda") e recusou as acusações de António Costa, que disse que a compra de dívida pública pelo BCE constitui uma "pesada derrota política e doutrinária" para o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse esta sexta-feira em Montalegre que é "bem-vinda" a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de comprar dívida pública e que espera que ela "seja tão eficaz quanto se deseja".
Recusou também as acusações do líder socialista.
Confrontado com as acusações de António Costa, que considerou que a decisão do BCE constitui uma pesada derrota política e doutrinária para o primeiro-ministro, Passos Coelho frisou que, da sua parte, "nunca houve contradições".
"Aproveitei para revisitar as declarações que tenho feito sobre esta matérias e elas são particularmente coerentes", frisou.
"Este financiamento do BCE não é para os Governos nem para os Estados - é para os bancos e para a economia.
Portanto, o BCE, ao contrário do que algumas pessoas defendiam, não alterou o seu mandato, os seus estatutos e o seu objetivo, que é de política monetária.
[O BCE] não está a financiar os Estados - está a financiar os bancos e a economia", afirmou o chefe de Governo.
António Costa afirmou quinta-feira que o primeiro-ministro se manifestou por duas vezes contra a compra de dívida pública por parte do BCE, afirmando que Passos considerou primeiro que era "um péssimo sinal" e depois que a economia europeia deveria recuperar sozinha.
"O Governo português está isolado interna e externamente", declarou Costa.
O BCE anunciou quinta-feira que vai comprar mensalmente 60 mil milhões de euros de dívida pública e privada.
A compra inicia-se em março e durará pelo menos até ao fim de setembro de 2016.
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