NUNO ANDRÉ MARTINS
Proposta da comissão executiva prevê a compra de de 50 mil milhões de euros de dívida por mês, a partir de março, até ao final de 2016.
A comissão executiva do Banco Central Europeu (BCE) quer que a instituição compre 50 mil milhões de euros de ativos por mês a partir de março até ao final de 2016, um total de um bilião de euros em ativos que seriam maioritariamente dívida pública.
A proposta deve ser debatida esta quinta-feira pelos governadores.
Quando amanhã os governadores dos 19 países que fazem parte do euro se reunirem, as atenções estarão todas na nova torre do BCE em Frankfurt.
Se por um lado, os governadores já estão habituados, com a crise, a serem o centro das atenções, a expetativa em torno do lançamento de um eventual programa de compra de ativos (quantitative easing) redobra o caso.
Segundo a Bloomberg, citando dois responsáveis que viram a proposta, a comissão executiva do BCE vai levar uma proposta à reunião onde se defende que se avance com um programa de compra de ativos na ordem do bilião de dólares até ao final de 2016.
O programa nunca avançaria antes de março e deveria prever a compra de 50 mil milhões de euros em ativos pelo BCE, como forma de injetar liquidez na economia, por cada mês até ao final de 2016.
O BCE, caso seguisse com esta proposta, estaria a comprar maioritariamente dívida pública.
Os governadores deverão analisar e votar esta proposta na quinta-feira, na reunião onde também decidirão o futuro das taxas de juro diretoras.
Devido ao novo sistema de voto rotativo implementado pelo BCE, devido ao alargamento dos países que fazem parte da moeda única, Estónia, Irlanda, Espanha e Grécia não terão direito a votar.
O governador do Banco de Portugal não terá direito de voto em agosto, setembro e outubro.
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