EDITORIAL
DIRECÇÃO EDITORIAL
19/04/2014 - 01:28
John Kerry avisara na
véspera, com alguma lucidez, que o de trabalho” (seis horas de discussões)
entre os representantes da política externa dos Estados Unidos, da União
Europeia e da Rússia “resultou apenas em
palavras num papel”.
Ou seja, o que ali foi acordado e
assinado precisava de ser levado à prática.
E foi? Não, pelo contrário.
Nenhum dos rebeldes
separatistas que ocupam edifícios oficiais no Leste da Ucrânia arredou do seu
posto, mostrando até vontade de ali continuar; no terreno, as vozes
que se exacerbam são mais do que as que apelam à diplomacia (Iulia Timochenko veio até defender brigadas de voluntários para resistir
pelas armas a Moscovo); e, em lugar do prometido desanuviamento, o cenário mais
evidente é o de uma guerra civil.
Basta seguir as
palavras que Putin deixou, não no papel mas ao vento (falou ao ar livre, em Sebastopol): espera “não ser obrigado” a enviar tropas.
Seria preciso dizer
mais?
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