O Presidente da Ucrânia, Viktor lanukovitch, anunciou uma remodelação
governamental e emendas às controversas leis repressivas, quando o movimento de
contestação se estendeu a diversas regiões do oeste do país.
O chefe de Estado, que se reuniu esta manhã com Stefan Fule, o
Comissário da União Europeia (UE) para o
Alargamento, advertiu igualmente que empregará "todos os meios
legais" à sua disposição caso não seja encontrada uma solução para a crise
com a oposição.
“Tomaremos uma
decisão durante essa cessão. O Presidente assinará um decreto e tomaremos a
decisão de remodelar o governo para formar uma equipa governamental mais
profissional”, declarou Ianukovich durante um encontro com dignatários
religiosos, numa referência à reunião extraordinária do parlamento agendada
para a próxima semana.
Sobre as leis
aprovadas na semana passada e em vigor desde quarta-feira, que reforçam as
sanções contra os manifestantes, o chefe de Estado ucraniano anunciou a adoção
de “alterações a essas leis que vão solucionar esta questão”.
O Texto prevê
penas de 15 dias de prisão para a instalação de tendas ou estrados em locais
públicos e até cinco anos de prisão para os ocupantes de edifícios oficiais.
Ianukovich também
confirmou a intenção de libertar os manifestantes detidos, como prometeu na
quinta-feira durante uma reunião com os líderes da oposição, apesar de ter
emitido um aviso caso não seja garantido um acordo político.
"Se tudo correr bem, tanto melhor. Senão, utilizaremos todos os
meios legais", indicou.
No oeste do país,
milhares de manifestantes da oposição decidiram desafiar a nova legislação e
ocuparam hoje edifícios da administração local em seis regiões, após os
confrontos violentos que decorreram na capital Kiev desde domingo.
De acordo com a agência noticiosa AFP, a situação mantinha-se muito
tensa em Tchemivtsi, perto da fronteira romena, onde o responsável local,
ferido na cabeça, foi hospitalizado após um assalto que se prolongou por várias
horas.
Os governadores são nomeados pelo Presidente e nestas regiões oeste da
Ucrânia, tradicionalmente feudos da oposição a lanukovitch, têm sido muito
contestados desde o início da crise política no país em finais de novembro,
quando o Governo renunciou à assinatura de um acordo de associação negociado
com a UE e reforçou as relações com a vizinha Rússia.
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