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sábado, 12 de novembro de 2016

Ministério das Finanças desmente plano B para CGD

Maria Teixeira Alves  -  Ontem 19:34




Fonte oficial do Ministério das Finanças nega que esteja a ser preparado qualquer plano alternativo à administração liderada por António Domingues no banco público.
O Ministério liderado por Mário Centeno negou ao Jornal Económico que esteja em estudo um plano alternativo para a administração da Caixa Geral de Depósitos, desmentindo assim a notícia veiculada hoje em alguns órgãos de comunicação social de que estaria a ser preparada a sucessão da administração de António Domingues no banco público.

Fonte oficial ao Ministério das Finanças realçou ao Jornal Económico que “não é verdade” que essa possibilidade – a de se equacionar uma nova equipa para liderar a Caixa Geral de Depósitos – esteja em estudo.

A imprensa de hoje adiantou que nomes como Paulo Macedo, Carlos Tavares e Nuno Amado estariam já em estudo para a administração da Caixa, sendo que o Jornal Económico não obteve qualquer confirmação do alegado convite junto destes protagonistas.

O Público de hoje diz que o Governo e o Presidente da República estão preparados para perder a administração da CGD.
Segundo o jornal há seis administradores que não querem entregar a declaração ao Tribunal Constitucional.
O Jornal Económico referiu que três tinham imposto isso como condição para aceitarem: Pedro Leitão, antigo administrador da PT, e que antes da CGD estava na Angola Telecom, Ángel Corcostegui, antigo presidente do Banco Santander Central Hispano, e que é investidor do Fundo Magnum de João Talone e Herbert Walter, antigo presidente executivo do Dresdner Bank.

Fontes ligadas ao processo dizem que o BCE está a acompanhar a par e passo a situação da CGD e a recusa de entrega das declarações de património ao TC, e que considera que isso viola o principio do fit and proper.
Ora António Domingues está num beco sem saída, porque se deixa os administradores que não querem tornar públicos os rendimentos demitirem-se sozinhos, expõe-os a uma suspeita, e por isso tem de se demitir com eles. 
Mas por outro comprometeu-se a assegurar a recapitalização com Bruxelas.

As administrações das participadas da CGD continuam sem administradores nomeados precisamente porque estas não estão abrangidas pela excepção ao estatuto de gestor público.

O Tribunal Constitucional emitiu uma notificação no passado dia 8, que terá chegado dia 9 aos administradores da CGD e por isso estes têm até dia 9 para responder.

Tal como tem sido noticiado, a administração da CGD admite entregar a declaração ao TC mediante garantia de que serão sigilosas.

A demissão dos gestores poderá não evitar o envio da declaração, uma vez que estão desde o fim de agosto a gerir uma empresa que tem capitais públicos e foram nomeados pelo Estado. 
Juristas entendem que se se demitirem têm de entregar duas declarações de património, a da chegada e a da saída.

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