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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Só Putin reconhece os resultados eleitorais em Donetzk e Lugansk

TRÉGUA -  Eleições colocam em causa acordo assinado em Minsk
TEXTO de LILIANA COELHO - 3 de novembro de 2014
Presidente ucraniano diz que as eleições de domingo nas regiões separatistas são uma "farsa" e ameaçam a paz na região. União Europeia e EUA falam em resultados "ilegítimos".

As regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, acordoram esta segunda-feira aparentemente calmas, depois de relatos de disparos de artilharia na sequência doi encerramento das urnas para elegar os presidentes dos parlamentos regionais.

O separista pró-russo Alexandre Zakhartchenko foi eleito no domingo presidente da autoproclamada República de Donetsk, região separatista da Ucrânia, por uma larga maioria. Segundo a comissão eleitoral de Donetsk, Zakhaetchenko recebeu 765.340 dos votos, o que equivale a uma percentagem de 79%.

O lider da República Popular de Lugansk, Igor Plotnitsky, conquistou por seu turno 63,8% dos votos dos eleitores, de acordo com a comissão eleitoral central da região.

Entretanto, o Governo de Kiev já reiterou que as eleições nas zonas separatistas da Ucrânia ameaçam a paz na região. O Presidente ucraniano Petro Porochenko afirmou que os atos eleitorais são uma "farsa conduzida sob um cenário de tanques e armas", que viola o acordo de cessar-fogo assinado a 5 de setembro, em Minsk (capital da Bielorússia), segundo a Reuters.

Também a União Europeia e os Estados Unidos já vieram defender publicamente que o resultado das eleições nas zonas separatistas russas é "ilegítimo", e que desrespeita a trégua acordada em Minsk com os russos. O ministro russo dos Ndegócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, garantiu, contudo, que reconhecerá os resultados eleitorais.

Estas eleições aconteceram sete dias depois das legislativas na Ucrânia, que deram vitória aos partidos pró-europeus.

Kiev acusa Moscovo de apoiar os combatentes separatistas no leste da Ucrânia, cujo conflito já causou cerca de 4.000 mortos, desde o seu início, em abril. No mês anterior, as relações entre os dois países agravaramse, depois de Vladimir Putin ratificar a anexação da Crimeia à Rússia.


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