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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Poroshenko volta a afirmar presença de tropas russas na Ucrânia

12 de novembro 2014  - 20:27
O presidente da Ucrânia, Piotr Poroshenko, conversando por telefone com o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, voltou a afirmar ter alegadamente sido registrada uma concentração de armas e veículos pesados na área da fronteira russo-ucraniana, segundo informou esta quarta-feira o serviço de imprensa da presidência ucraniana.

"O presidente Poroshenko expressou grande preocupação em relação a um afluxo maciço de tropas e armas pesadas proveniente da fronteira com a Rússia", lê-se no comunicado.


Moscovo reiterou mais de uma vez que a Rússia não é parte do conflito interno ucraniano e não tem absolutamente nada a ver com os eventos no sudeste da Ucrânia. Ali não há agentes de serviços secretos nem tropas russas.

Canadá afirma que tropas russas teriam cruzado fronteira russo-ucraniana

12 de novembro de 2014  -  20:50
O Canadá está preocupado com o aumento da violência na Ucrânia nos últimos dias e afirma que "forças adicionais" de militares russos teriam cruzado a fronteira russo-ucraniana.

"O Canadá está profundamente preocupado com o aumento da violência na Ucrânia e os relatórios sobre a deslocação de tropas e armas russas adicionais para a Ucrânia nos últimos dias", lê-se num comunicado do ministro das Relações Exteriores do Canadá, John Baird, publicado no site do governo canadense.

Mais cedo, Baird tinha dito que as autoridades do país estão seriamente preocupadas com as informações sobre as tropas russas que supostamente se deslocam na direção da fronteira com a Ucrânia. O chefe da diplomacia canadiana exortou a Rússia a "retirar imediatamente as tropas das regiões fronteiriças", acrescentando que o Canadá continuará acompanhando a situação.

Moscou reiterou mais de uma vez que a Rússia não é parte do conflito interno ucraniano e não tem absolutamente nada a ver com os eventos no sudeste da Ucrânia. Ali não há agentes de serviços secretos nem tropas russas.

Antigos presidentes ucranianos não esperam solução rápida em Donbass

19:57 - 13 de novembro de 2014
A Ucrânia não deve alimentar esperanças de uma solução rápida do conflito nas regiões orientais do país, é indispensável o país preparar-se para um confronto esgotante, lê-se numa declaração conjunta emitida por dois ex-presidentes ucranianos Leonid Kravchuk (1991-1994) e Viktor Yuschenko (2005-2010).

"A Ucrânia deve se preparar para o confronto, oneroso e extenuante", refere esta quinta-feira a agência de notícias Ukrinform, citando o texto do documento.

Kravchuk e Yuschenko acreditam que as negociações internacionais, independentemente da variedade de formatos, incluindo as de Genebra, Milão e Minsk, ainda não trouxeram nenhuma mudança real.

"Há todas as razões para afirmar hoje que as áreas capturadas pelas organizações terroristas (segundo a classificação do governo de Kiev – N. de Ed.) da RPD e RPL estão completamente fora de controle das autoridades ucranianas", reconhecem os autores da declaração.

Moscovo acusa Ocidente de tomar decisões com base nas redes sociais

Samantha Power
Igor Siletsky - 13 de novembro de 2014
Uma falsificação propagandística. É assim que Moscovo caracteriza as recentes declarações de Kiev e do Ocidente sobre a presumível deslocação das tropas russas para a Ucrânia. Desta vez, a OTAN e o Departamento de Estado têm avançado provas "convincentes", ou seja, "certos documentos encontrados nas redes sociais".

A parte russa sugere a Kiev não aumentar a escalada da tensão e, melhor ainda, deixar de concentrar tropas no sudeste da Ucrânia.

A Rússia mantém uma presença militar no território da Ucrânia desde a entrada em vigor dos acordos de Minsk sobre o cessar-fogo. O anúncio foi feito pela representante permanente dos EUA no Conselho de Segurança da ONU, Samantha Power. Segundo ressaltou, Washington possui provas de que, ao lado de uma coluna militar de separatistas, teriam passado carros blindados russos, acompanhados por soldados da Rússia.

A declaração de Power assenta, pelo visto, numa entrevista recente do comandante-em-chefe das Forças Unificadas da OTAN na Europa, Philip Breedlove, segundo o qual, nos últimos dois dias, no território da Ucrânia teriam entrado duas colunas de carros de combate russos.

Mas estas informações parecerem não ter chegado ao Departamento de Estado. Por isso, a sua porta-voz, Jen Psaki, não conseguiu confirmar as notícias veiculadas pela OTAN sobre “o envio de equipamentos militares russos para os separatistas”. Ela devia ter ficado confusa com uma nota do Ministério da Defesa da Rússia elogiando a Aliança Atlântica pelo “uso das redes sociais como fonte de informação principal”.

Nos últimos dias, o Ocidente tem apelado à observação rigorosa dos acordos de Minsk. O vice-representante permanente da Rússia no CS da ONU, Alexander Pankin, fez lembrar aos seus colegas: Kiev nunca escondeu tencionar utilizar o período de trégua para reagrupar suas tropas no sudeste do país. Dai, as acusações dirigidas contra Moscou “não passam de uma tentativa de lançar fumo e desviar as atenções das ações das autoridades ucranianas”, salientou o diplomata russo.

É verdade que políticos ucranianos, depois de concluírem o acordo de armistício, têm declarado a necessidade de uma pausa para enviar para aquela região novo material bélico e cargas com ajuda recebidas do Ocidente. É disso que eles se ocupam, alvejando, em paralelo, cidades e vilas de Donbass. Não é, pois, de estranhar que as milícias estejam empreendendo medidas de retaliação, constata o professor catedrático da Academia de Serviços Públicos, Alexander Mikhailenko:
“Na Ucrânia não há tropas russas. As milícias estão mudando de posições perante a progressiva concentração das tropas ucranianas, sendo natural e explicável tal reação. Parece-me que se trata de declarações políticas vantajosas para os EUA e para o governo ucraniano”.

Entretanto, Washington continua demonstrando um fascinante espírito pacífico, se prontificando até revogar as sanções contra a Rússia, se esta última cessar as hostilidades no leste da Ucrânia, fechando a fronteira, segundo anunciou Samantha Power.

Quanto às hostilidades, ela bem sabe a quem se deve dirigir tal apelo. No que se refere à revogação de sanções, somente uma pessoa ingénua poderia acreditar em tal hipótese, afirma o vice-diretor do Instituto dos Países da CEI, Igor Shishkin:

“É uma proposta de capitulação, uma chantagem. A questão da anulação de sanções nem se coloca numa perspetiva de um ou dois anos. Sabemos disso muito bem. O Ocidente não irá aceitar quaisquer acordos mutuamente vantajosos até compreender o fracasso de seus desígnios no sentido de separar a Ucrânia da Rússia. Agora, o Ocidente tenta falar com a Rússia partir das posições da força. Mas esta tática não tem sentido. O presidente Putin deu a entendê-lo no Clube de Discussão Internacional Valdai”.

Enquanto isso, a missão da OSCE que se encontra na zona do conflito está lançando lenha no fogo. Seus funcionários estão acompanhando com muita atenção a deslocação das tropas russas no território russo. Mas fazem vista grossa às deslocações de destacamentos do Exército ucraniano e ao fortalecimento de suas posições.

Alexander Pankin chamou atenção do CS para o fato de a região de Donbass se tornar palco de concentração de carros de combate e artilharia pesada, sistemas de mísseis e de fogo simultâneo Grad, Uragan e Scud. O diplomata russo acentuou que a falta de informações a esse respeito nos relatórios da OSCE está criando um quadro distorcido da realidade.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

No caso violação devido ao bombardeio da escola em Donetsk

A escola está localizada perto do aeroporto de Donetsk, onde os combates em curso
10:12 - 06 Novembro de 2014
CKP abriu um processo devido ao bombardeamento de escolas em Donetsk e acrescentou que para o caso "do genocídio". O porta-voz do Ministério do Exterior Eugene Predrag disse que bombardeios foram do território controlado pelos militantes, mas o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, a BBC disse que esta afirmação ainda não é uma posição oficial do Ministério.

Na quarta-feira, como resultado de ataques a escolas estádio número 63 que é perto do aeroporto de Donetsk, matando dois adolescentes, quatro feridos.

As partes no conflito no leste acusam-se mutuamente do bombardeamento de civis durante a trégua.

O caso de "genocídio"

No caso abriu em "assassinato cometido agravado" e "Utilização de meios e métodos de guerra proibidos", de acordo com o IC RF na quinta-feira.

Investigadores russos acreditam que "bombardeamento com armas pesadas" efectuado por militares ucranianos "por ordem do comando" do Ministério da Defesa, das Forças Armadas da Ucrânia e Natshvardiyi.

"Como a a investigação envolve, funcionários acima referidos o bombardeamento, a fim de destruir um grupo nacional de população de língua russa", - disse num comunicado o Comité de Investigação da Federação Russa.
Mulher na casa destruída em Donetsk

No Reino Unido indicam que combinaram este caso com outros, em processo penal anteriormente abertos "para a utilização de meios e métodos de guerra e genocídio da população civil que vive em Donetsk e Luhansk nas auto-proclamadas Repúblicas Populares proibidas."

No final de setembro, o Comité de Investigação da Rússia abriu um processo criminal contra autoridades ucranianas sobre o "genocídio da população de língua russa" em Luhansk e Donetsk.

Em resposta, o Procurador-Geral da Ucrânia abriu um processo contra os investigadores russos por apoiarem militantes na Donbas e interferência nas polícias ucranianas.

"O projétil por Makeevki"

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia Yevhen Predrag na quinta-feira disse que os ataques foram realizados a partir de áreas controladas por pro-milícias.

O Ministério das Relações Exteriores disse à BBC Ucrânia que esta afirmação ainda não é uma posição oficial do Ministério.

"O obús, a partir da qual as crianças foram mortas em Donetsk, foi lançado do território controlado por terroristas", - escreveu Eugene Predrag na sua página no Twitter, mais tarde, acrescentando que foi um foguete disparado "da Makeevki."

Os separatistas acusados de disparar contra forças de segurança. Eles afirmam que pessoas morreram na quarta-feira logo após o bombardeamento da cidade pelo exército ucraniano.

Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia Pavlo Klimkin exortou a OSCE a enviar observadores para verificar a cena da tragédia no estádio da escola.

A OSCE disse que os observadores vão para o local da morte de alunos e conversar com testemunhas.

Rinat Akhmetov assegurou que no ano passado foi realizada a reconstrução da escola número 63, onde estudou nessa altura um dos mais ricos empresários ucranianos. Eles construíram um novo edifício e um campo de futebol com relva sintética.
Escola n.º 63 e campo onde tiveram o in+icio das hostilidades

De acordo com o Coordenador do Fundo Humanitário Staff Akhmetov, devido ao bombardeamento matou um aluno da oitavo-grau e pós-graduação de 18 anos de idade. Para a reanimação três meninos de 17 anos e um de 21 anos.

O incidente não ocorreu durante a aula - a maioria dos rapazes decidiram jogar futebol no período da tarde, disse como comentário à BBC o Fundo Akhmetov Ucrânia.

Esta não é a primeira vez que esta natureza projétil cai na escola em Donetsk.

A 01 de outubro, quando na cidade pro-milícias anunciaram o início do ano letivo, um dos obúses caiu perto da escola número 57.

Então, matou quatro pessoas, incluindo um professor. Não houve estudantes mortos ou feridos.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Só Putin reconhece os resultados eleitorais em Donetzk e Lugansk

TRÉGUA -  Eleições colocam em causa acordo assinado em Minsk
TEXTO de LILIANA COELHO - 3 de novembro de 2014
Presidente ucraniano diz que as eleições de domingo nas regiões separatistas são uma "farsa" e ameaçam a paz na região. União Europeia e EUA falam em resultados "ilegítimos".

As regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, acordoram esta segunda-feira aparentemente calmas, depois de relatos de disparos de artilharia na sequência doi encerramento das urnas para elegar os presidentes dos parlamentos regionais.

O separista pró-russo Alexandre Zakhartchenko foi eleito no domingo presidente da autoproclamada República de Donetsk, região separatista da Ucrânia, por uma larga maioria. Segundo a comissão eleitoral de Donetsk, Zakhaetchenko recebeu 765.340 dos votos, o que equivale a uma percentagem de 79%.

O lider da República Popular de Lugansk, Igor Plotnitsky, conquistou por seu turno 63,8% dos votos dos eleitores, de acordo com a comissão eleitoral central da região.

Entretanto, o Governo de Kiev já reiterou que as eleições nas zonas separatistas da Ucrânia ameaçam a paz na região. O Presidente ucraniano Petro Porochenko afirmou que os atos eleitorais são uma "farsa conduzida sob um cenário de tanques e armas", que viola o acordo de cessar-fogo assinado a 5 de setembro, em Minsk (capital da Bielorússia), segundo a Reuters.

Também a União Europeia e os Estados Unidos já vieram defender publicamente que o resultado das eleições nas zonas separatistas russas é "ilegítimo", e que desrespeita a trégua acordada em Minsk com os russos. O ministro russo dos Ndegócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, garantiu, contudo, que reconhecerá os resultados eleitorais.

Estas eleições aconteceram sete dias depois das legislativas na Ucrânia, que deram vitória aos partidos pró-europeus.

Kiev acusa Moscovo de apoiar os combatentes separatistas no leste da Ucrânia, cujo conflito já causou cerca de 4.000 mortos, desde o seu início, em abril. No mês anterior, as relações entre os dois países agravaramse, depois de Vladimir Putin ratificar a anexação da Crimeia à Rússia.