19 Agosto 2014,17:58 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
A situação financeira do quarto maior chinês espelha a da economia do gigante
asiático. Os lucros ainda crescem, mas as perspectivas são sombrias.
O Bank of China
anunciou nesta terça-feira, 19 de Agosto, um aumento de 11% dos seus lucros no
primeiro semestre, para 89,7 mil milhões de yuan (cerca de 10,9 mil milhões de
euros, à cotação actual), ligeiramente acima das expectativas dos analistas.
Mas a entidade
financeira revelou também um fortíssimo aumento de dois dígitos do crédito
malparado, que se elevou a 85,8 mil milhões de yuans, e imparidades de 9,36 mil
milhões de yuans, que superam o valor total das perdas contabilizadas no ano
passado, fazendo com que o rácio que sintetiza a robustez do banco se cifrasse
em 1,02, acima do máximo de 1 aceite pelo regulador.
O Bank of China é o
quarto maior banco chinês em activos e foi o primeiro banco estatal a anunciar
os resultados da
primeira metade do
ano. Segundo economistas ouvidos pela Reuters, a subida do malparado é reveladora
da relativa
desaceleração da economia chinesa (7,5% no
segundo trimestre, após 7,7% em 2013 e taxas de 8% ou superiores ao longo da
última década) e deverá agravar-se.
Segundo escreve o
Wall Street Journal, citando fontes do mercado, uma delegação da administração
do Bank of China reuniu-se na semana passada em Londres com vários investidores
europeus com o intuito de vender futuramente acções preferenciais do banco para
angariar capital.
"Funcionários do
Banco da China visitaram gestores de fundos em Londres na semana passada para
avaliar o interesse e recolher opiniões sobre os 6,5 mil milhões de dólares de acções
preferenciais que planeiam vender no exterior.
Os bancos chineses
estão a correr para tentar levantar dinheiro através da venda de acções e de
dívida para
ajudar a reforçar os seus balanços e atender às novas exigências regulamentares e defenderem-se de uma
economia que está a desacelerar e a azedar os empréstimos concedidos", escreve o jornal na sua edição desta
terça-feira.
ajudar a reforçar os seus balanços e atender às novas exigências regulamentares e defenderem-se de uma
economia que está a desacelerar e a azedar os empréstimos concedidos", escreve o jornal na sua edição desta
terça-feira.
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