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domingo, 9 de fevereiro de 2020

POLÍTICA  DESTAQUE
Redação F)  - 8 de Fevereiro de 2010

SE OS OUTROS PUDERAM ...
Em 2013 foram transferidos milhões de dólares para uma conta de Edeltrudes Costa (actual chefe de gabinete do presidente de Angola, João Lourenço), revela o jornal português Expresso. 
A origem? Ninguém sabe. Isabel dos Santos referira-o recentemente como importante na sua entrada na Sonangol.

Alguns observadores admitem que João Lourenço poderá exonerar Edeltrudes Costa, apontando mesmo um potencial e putativo substituto - Rafael Marques. Certo é que se o Presidente começar a exonerar os corruptos que o rodeiam e não aceitar nomear os que o querem rodear, não terá ninguém para ocupar os cargos e o governo terá de declarar... falência.

O actual chefe de gabinete do presidente João Lourenço recebeu a 25 de JUlho de 2013 uma soma de 17,6 milhões de dólares na sua conta bancária, quando era ministro de Estado e chefe da Casa Civil do antigo presidente, José Eduardo dos Santos. Ninguém sabe a origem do dinheiro e Edeltrudes Costa "não o explicou ao Expresso", revela o semanário português.

Edeltrudes Costa, que tem uma fortuna avaliada em mais de 20 milhões de euros e que em 2013 era ministro de Estado e chefe da Casa Cicil do pai de Isabel dos Santos, viu serem-lhe depositados 16,7 milhões de dólares na conta bancária que tinha no BAI - Banco Angolano de Investimento.

Essa não é a única transferência suspeita para contas bancárias do actual chefe de gabinete do presidente João Lourenço. Cerca de um mês depois da transferência mais avultada, foram depositados na sua conta 5 milhões de dólares pelo empresário Domingos Manuel Inglês. "Ao longo" do mesmo mês terá levantado, "numerário, 1,25 milhões de dólares", acrescenta o Expresso, citando documentos a que teve acesso.

Ao semanário, o político angolano limitou-se a dizer: "Os recursos que recebi, tanto no exercício de funções públicas como no exercício da minha actividade profissional ou em resultado de investimentos pontualmente realizados, foram atempadamente declarados e sujeitos a escrutínio pelas autoridades angolanas competentes, sendo as minhas fontes de rendimento perfeitamente claras e legais".

Em entrevista recente ao também português jornal Observador, a empresária Isabel dos Santos, cujas contas e participações em presas foram arrestadas em Dezembro passado por decisão política rotulada de judicial - é suspeita de ter sido favorecidas pelo regime do MPLA em mais de mil milhões de euros, juntamente com o marido -, mencionara o nome de Edeltrudes da Costa.

Isabel dos Santos falava sobre a sua escolha para a administração da empresa pública angolana Sonangol quando lembrou que a "comissão de reestruturação petrolífera" - que supostamente a escolheu para CEO da petrolífera estatal - era "liderada por Edeltrudes", o "director de gabinete do Presidente João Lourenço".

A invocação e a referência a Edeltrudes Costa soaram a uma tentativa de dar credibilidade à sua escolha, já que o então líder da comissão petrolífera veio a tornar-se braço-direito de João Lourenço. Isabel dos Santos não referiu, contudo, que Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar da Costa fora antes disso ministro e chefe de Casa Civil do anterior presidente, seu pai.

Agora, o Expresso revela que o antigo líder da comissão de reestruturação petrolífera, entidade alegadamente imparcial e que elegera Isabel dos Santos pelos seus méritos empresariais, recebeu 13 milhões quando era ministro de José Eduardo dos Santos.

Basta ser do MPLA para ser perito (em tudo)

O Plano Director Geral Metropolitano de Luanda (PDGML), que resumia os princípios orientadores que sustentam um crescimento consolidado para a capital angolana, foi lançado no dia 14 de Janeiro de 2016, no Palácio da Justiça, em Luanda.

No acto de abertura, o então Ministro de Estado e Chafe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa, disse que o plano metropolitano previa os meios operativos e definia as metas e acções a implementar.

"Na verdade este importante documento apresenta-se ao nosso olhos como um processo flexível destinado a transformar a cidade num espaço mais atraente ao promover uma visão para o território da província de Luanda, fundamentada no diagnóstico prospectivo de uma gestão de médio  e longo prazo", referiu.

Segundo o ministro, os seus objectivos eram claros, melhorar o aproveitamento dos resursos naturais, humanos, histórico, ecológico e culturais da província, reforçar as condições de atração e reinserção de iniciativa de investimento, criar, diversificar o emprego e também qualificar os recursos humanos.

O plano, prosseguiu o ministro, tem de facto uma abordagem integrada dos principais problemas da província que resultou na sua fase inical na procura de concertação com todos agentes sociais e económico com a auscultação da população na identificação dos problemas.

"O fortalecimento da economia da província passa necessariamente pelo ordenamento das actividades económicas existentes e pela busca de alternativa para o seu plano de desenvolvimento, aliado com as políticas públicas do Governo no sentido de garantir que todos os cidadãos tenham acesso a habitação, ao saneamento básico, infra-estruturas urbanas e serviço público", referiu.

Edeltrudes Costa tinha a certeza que a implementação do Plano Director Geral Metropolitano de Luanda levará a província a cumprir a sua função social, colocando os seus bens e equipamento ao alcance de toda população.

O Plano Director Geral Metropolitano de Luanda constituiu um manual e defende o modelo de desenvolvimento da capital angolana. Este plano resume os princípios orientadores que sustentam um crescimento consolidado da circunscrição.

Este documento servirá de base às principais acções e objectivos e concretizar pelas instituições chaves do Governo e departamentos municipais.

As acções serão articuladas através de programas faseados a implementar durante os próximos 15 anos, até 2030, e algumas acções perdurarão para além desta data.

O acto de lançamento do Plano Director Geral Metropolitano de Luanda foi organizado pela Casa Civil da Presidência de República.

Folha 8 com Observador

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